
O frio, enfim, chega e traz consigo o vento frio que sopra alternado, hora forte e veloz, hora brando. A umidade também se instala e alguma chuva.Hora de preparar a casa para receber e reencontrar com uma gente antiga, amiga, querida e especial, que por essas madrugadas melindram por entre portais para participar da uma grande celebração.
Chegam falando alto, provocando reações fortes, fazendo da atmosfera densa, trazendo a tona tudo que não se pode ou se reluta perceber e colocando em cheque.
Chegam frios, soprando na cara aquilo que é preciso ouvir. Derramam defronte as faces tudo que é preciso ser visto.
Ouço, nos sopros e sussurros desse vendaval, um turbilhão de mensagens dessa gente que vem conversar sobre as idéias antigas, falar dos planos e objetivos traçados, querendo contas e trazendo notícias de situações inacabadas, mal resolvidas.
Querem saber de todas as sementes plantadas, quais germinaram, brotaram, das que nem ousaram despontar sobre o solo, das que não vingaram por falta de cuidado, do que é possível aproveitar, recuperar, replanejar.
Essa gente é intrometida, confiada e metida. São capazes de opinar em todas as questões pessoais da vida. Com quem você deve andar, o que deve dizer, como fazer... e não são palpites. São ordens! Vem gritando, ordenando, ditando em alto e bom som, tudo que está pela hora de viver e tudo que deve morrer.Querem uma casa impecável, livre do entulho que sobra e com muito, mas muito espaço pra dilúvios de novidades.E é preciso ser forte para permanecer firme nesse confronto. Sábio para escolher. E sobretudo coragem para fazer.E ainda, depois disso tudo, essa gente sempre será querida, bem vinda e desejada. Serão o calor e a luz do seu lar.
by Girassol
Nenhum comentário:
Postar um comentário